O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, apelou a outros líderes da União Europeia para que parem de realizar referendos sobre questões internas, acrescentando que as votações são perigosas para a UE e para o euro.
“Peço aos líderes da UE que parem com aventuras como os referendos britânico e italiano… sobre questões internas que representam uma ameaça para a UE”, disse Fico.
“A Grã-Bretanha não é um país da zona euro, a Itália tem um enorme impacto no sector bancário, o euro. O que faremos se… houver um referendo em Itália sobre o euro e os cidadãos italianos decidirem que não querem o euro?” acrescentou o primeiro-ministro eslovaco.
Fico referia-se à votação do Brexit do Reino Unido em Junho sobre a saída da UE, e à rejeição do mês passado da reforma constitucional em Itália.
Em Junho, o nacionalista Partido Popular Eslovaco lançou uma petição para convocar um referendo sobre a saída da UE, mas a moção foi rejeitada pelo governo eslovaco.
O único referendo bem-sucedido no país foi a votação de 2003 sobre a adesão à UE, com uma participação de 52 por cento e 92.5 por cento a favor da adesão ao bloco.
Em França, Marine Le Pen, líder do partido de direita Frente Nacional e candidata presidencial, disse que o “Frexit” estaria definitivamente em cima da mesa se ela se tornasse a líder do país.
“O Frexit fará parte da minha política. O povo deve ter a oportunidade de votar pela libertação dos tecnocratas em Bruxelas”, disse ela em Dezembro.
Também se aproximam eleições nos Países Baixos, com os principais intervenientes na corrida a manifestarem-se a favor do que chamam de “Nexit”.
“A UE não nos deixa liberdade para determinar as nossas próprias leis de imigração e asilo. O Nexit é necessário”, disse Geert Wilders, líder do anti-imigrante Partido pela Liberdade.